O QUE É ADUBAÇÃO E PARA QUE SERVE ?
Adubar uma planta, é fornecer matérias primas nutrientes para que a mesma possa usar no processo da fotossíntese, e produzir o seu alimento. A planta, como qualquer outro ser vivo, têm de se alimentar e isto acontece a partir do processo de fotossíntese.
Quando adubamos uma planta, nada mais estamos fazendo que colocar um estoque de matérias primas nutrientes disponíveis no solo, para que a mesma possa usar no processo da fotossíntese e conseqüentemente produzir o seu alimento.
Adubar rotineiramente uma planta, proporciona à mesma uma resistência às pragas e doenças e mantém uma aparência vigorosa e saudável.
O QUE É A FOTOSSÍNTESE ?
Fotossíntese é uma palavra comum e as pessoas acham que sabem o que é. A grande maioria, talvez 90% delas, acham que as plantas fazem fotossíntese para produzir oxigênio.
Fotossíntese é um processo químico realizado pelas plantas, para transformar matéria mineral em matéria orgânica, que é a base de sua alimentação. No processo da fotossíntese as plantas transformam aqueles minerais nutrientes disponíveis no solo em um tipo de açúcar que utilizam para se alimentar.
Agora até da para entender porque as abelhas retiram o “mel” das plantas. Todo mundo sabe disso, mas nunca pararam para pensar porque as plantas produzem “mel” ou porque têm liquido doce nas plantas.
MAS QUE MINERAIS SÃO ESTES ?
Estes minerais são inteiramente naturais e retirados da própria natureza. Muitos destes produtos vem do ar, solo ou de rochas e o processo de fabricação ou refinamento nada mais é que uma seleção, separação ou concentração das partes nutrientes destas rochas ou solos, brutos.
O que é muito interessante é ouvir bravatas sobre o assunto, como por exemplo: “eu produzo hortaliças de uma forma inteiramente natural, eu não uso adubos químicos, eu não uso a química, eu faço um cultivo estritamente orgânico, o meu produto é natural e mais saudável”
Parece que estas pessoas não entendem nada sobre o assunto, pois na matéria orgânica usada para fertilização destas “culturas orgânicas”, existem ou contem também, alguns minerais nutrientes usados pelas plantas para produzir o seu alimento e o uso de fertilizantes industrializados não é nenhuma “química maléfica”, são totalmente naturais, extraídos da própria natureza.
O cultivo de hortaliças exige de muito pouco minerais nutrientes, pois as mesmas são basicamente constituídas de água. - Por exemplo, uma folha de alface tem mais de 90% de água. - Agora, quando conseguirem uma alta produtividade na cultura do milho e outros cereais, usando apenas adubação orgânica, aí com certeza concordarei com estas pessoas.
A matéria orgânica apresenta pouca quantidade de minerais nutrientes e é suficiente para as hortaliças que são constituídas basicamente de água. Já a cultura do milho, requer grande quantidade de minerais nutrientes, sendo necessário incorpora-los ao solo, tendo em vista que nossos solos não contém quantidades adequadas destes.
Os minerais nutrientes são divididos em duas categorias: Macro e Micro nutrientes.
MACRO NUTRIENTES:
Nitrogênio N
Fósforo P
Potássio K
Este é o famoso N.P.K. E é como se fosse o arroz, o feijão e carne das plantas e são usados em maior quantidade pelas mesmas.
Aonde age cada um destes Macro Nutrientes na planta?
Basicamente podemos dizer que:
O Nitrogênio (N) tem ação na parte verde da planta ou seja, favorece a brotação, faz com que sua planta fique repleta de folhas, com um verde saudável e vivaz.
Já o Fósforo (P) estimula e favorece a floração e frutificação.
E por fim, o Potássio (K), está relacionado com quase todas as funções fisiológicas que ocorrem dentro da planta. Na fotossíntese determina maior utilização de luz e serve como catalisador para muitas das reações enzimáticas das células vegetais. Favorece de maneira geral a tudo que acontece na planta, principalmente em suas raízes, caules e ramos.
COMO ESCOLHO UMA FORMULAÇÃO DE ADUBO PARA AS PLANTAS?
Os adubos são compostos de diversos minerais e no seu rotulo, vem especificado as quantidades ou porcentagens destes. Existem formulas tradicionais de adubos como por exemplo: N.P.K. 4.14.8. significa que este adubo contém 4% de (N) Nitrogênio, 14% de (P) Fósforo e 8% de (K) Potássio.
Na fórmula acima podemos observar que as quantidades de Fósforo (P) são maiores e isto significa que este adubo pode atuar nas deficiências de floração e frutificação. Então se você está tendo algum problema de floração ou frutificação, você deve usar uma formulação de adubo que seja “carregado” de Fósforo.
Ao passo que se você precisar de atuar no verde da planta, nas suas folhas, você deve usar uma formulação “carregada” de Nitrogênio (N) como por exemplo: N.P.K. 15.8.8. - Ou usar o salitre do Chile que contém apenas Nitrogênio, na faixa de 15%.
Com estas orientações, você não precisa mais cair nas armadilhas de vendedores, ou de rótulos que contém informações indevidas ou enganosas. Não é nenhuma surpresa encontrarmos adubos que prometem mais flores para sua planta e o mesmo vir “carregado” de Nitrogênio (N) em sua fórmula.
Neste caso, um adubo "carregado" de Nitrogênio (N) vai favorecer ou estimular a parte verde da planta, e muitas vezes prejudicando a floração ou frutificação. Se você está tendo problemas de floração ou frutificação, você deve usar um adubo que seja “carregado” em Fósforo (P).
Adubos "carregados" em Nitrogênio (N) ou seja, o percentual do mesmo é maior do que os outros nutrientes, atuam na parte verde da planta e os adubos "carregados" em Fósforo (P) atuam na floração e frutificação.
Saiba também que quando você usa um adubo “carregado” de Nitrogênio, você desfavorece a floração e a frutificação. Você deve usar as fórmulas de acordo com as suas necessidades.
Se sua planta está “funcionando” normalmente, você deve usar uma formula de adubo básica, equilibrada em todos seus componentes ou nutrientes, exemplo: N.P.K. 10.10.10. ou N.P.K. 20.20.20. ou N.P.K. 09.08.08 ou 06.08.06 etc. Note que os percentuais de nutrientes são semelhantes em suas quantidades.
MAS QUANTO DE ADUBO EU COLOCO NA PLANTA? EM QUAL FREQÜÊNCIA?
Agora que você já entendeu um pouco sobre os adubos, quando for comprar, a primeira coisa que você deve fazer é analisar a sua formula ou o seu conteúdo, saber quanto tem de percentagem de cada nutriente e se determinado adubo vai satisfazer suas necessidades. A partir da escolha do produto você deverá ler as instruções de uso, onde estará citado qual a quantidade a ser usada, de que forma usar e em qual freqüência.
Obs.: Você nunca deve alterar as quantidades e nem a freqüência de uso dos adubos, pois a adubação em excesso pode causar enormes prejuízos ou a morte da planta.
Por serem de custos baixos e sendo seu uso em pequenas quantidades, as pessoas costumam serem generosas com as plantas: “...custou barato, e eu não gosto de miséria. Vou caprichar para você minha plantinha querida”. Aí é que a vaca vai pro brejo mesmo. Excesso na adubação, pode matar a sua planta. (Não era tão querida assim...)
MICRO NUTRIENTES
São dez no total e como o próprio nome sugere, são usados em pequenas quantidades pelas plantas. Sua ação nas mesmas é muito variada, participam de todo complexo fisiológico das plantas.
Normalmente os solos são auto suficientes em relação a estes minerais. E você não precisa se preocupar com o uso dos mesmos. Se você estiver escolhendo um adubo e o mesmo contiver também micro nutrientes é sinal de que este produto é mais completo do que um adubo que não os contem.
Micro Nutrientes Principais:
Cálcio, Magnésio e Enxofre.
Micro Nutrientes Secundários:
Cobre, Ferro, Manganês, Zinco, Boro, Cloro e Molibdênio.
PORQUE SE TÊM QUE ADUBAR SEMPRE ?
Quando você prepara uma “terra” para plantar em um vaso, a mesma pode estar rica em nutrientes. Passado algumas semanas, estes nutrientes tornam-se escassos ou inexistentes nesta terra, devido ao seu uso pelas plantas e por perdas naturais (lixiviação). É por esta razão que você tem que fazer adubação freqüente. É como se estivesse “fazendo o supermercado das plantas”, mas sempre de acordo com as orientações contidas no rótulo do produto.
QUANDO NÃO ADUBAR ?
A – No período que compreende os mês de maio à 15 de julho. Neste caso o período de descanso das plantas está sendo respeitado.
B – Pouco antes e depois da floração. Se se incrementa o crescimento vegetativo a partir de adubações, a planta perderia os botões florais. Uma vez que se tenha aparecido os frutos, pode começar de novo com o processo de adubação
C – Logo após transplantar e cortar raízes, é necessário que o sistema radicular se regenere. Espere para adubar após 4 semanas.
ADUBAÇÃO ORGÂNICA:
Até então falamos de adubação mineral e agora vamos tratar e conhecer um pouco de adubação orgânica. É interessante lembrar que para dentro de uma planta só entram água e minerais, para que então colocar matéria orgânica ou “cocô de vaca” para as plantas?
QUAIS AS FUNÇÕES DA ADUBAÇÃO ORGÂNICA ?
Quando incorporada ao solo, a matéria orgânica ou estercos diversos, estará:
A – Deixando o solo mais fofo e evitando sua compactação;
B – Retendo uma maior quantidade de umidade no solo;
C – Tornando as plantas mais resistentes à pragas e doenças;
D – Fazendo que as plantas absorvam melhor os nutrientes minerais;
E – Melhorando a estrutura física do solo possibilitando um melhor desenvolvimento das raízes de sua planta;
F – Alimentando uma série de organismos, desde a minhoca a bactérias diversas.
PARA QUE DAR “COMIDA A ESTES BICHOS” ?
Certa vez uma cliente adquiriu uma planta minha e passados alguns dias, me ligou dizendo que varias minhocas haviam saído do vaso e estavam passeando por sua sala. – “Celso o que está acontecendo? O que faço” ?
Resp.: Amarre a sua planta no vaso porque é possível que ela vá fugir também. (As fugas estavam ocorrendo pelo o fato de se estar regando em excesso a planta, mantendo a terra constantemente encharcada.)
A minhoca é um ser benéfico para os solos e para as plantas. Quando existentes no solo é sinal de que o mesmo está adequado para elas e estando adequado para as minhocas estará adequado para as plantas.
A minhoca torna o solo mais arejado devido as galerias que as mesmas fazem quando de sua movimentação dentro deste. Elas aceleram o processo de humificação da matéria orgânica pelo fato de se alimentarem desta. Quando a matéria orgânica passa pelo seu trato digestivo, a mesma sai em forma de fezes, enriquecida de alguns minerais benéficos às plantas.
“Certa vez li uma reportagem que dizia que na Austrália, as pessoas usavam um método de avaliar os solos férteis para compra, de acordo com a quantidade de minhocas que encontravam por metro quadrado.”
Solo habitado por minhocas, é sinal de que o mesmo tem propriedades físicas adequadas à elas e para as plantas também. São ricos em matéria orgânica, tem umidade e temperatura na medida certa.
E PORQUE DEVO ALIMENTAR AS BACTÉRIAS ?
As bactérias também se alimentam de matéria orgânica e quando as alimentamos proporcionamos um aumento das mesmas no solo. Elas melhoram a estrutura física do solo e o motivo principal é que as mesmas retiram o Nitrogênio do ar e fixam no solo ou, diretamente nas raízes das plantas.
E já sabemos que o Nitrogênio tem função direta na parte verde das plantas ou seja, na sua folhagem. Portanto, um solo rico em matéria orgânica, é rico também em organismos benéficos às plantas, que por sua vez aumentam a quantidade de Nitrogênio disponível no solo, tornando suas plantas lindas e saudáveis.
EU PRECISO FAZER ADUBAÇÃO ORGÂNICA FREQÜENTEMENTE ?
No caso de jardim ou de plantas em vasos grandes, você deve fazer uma adubação orgânica a cada 60 dias pelo menos. Você deve colocar uma camada de esterco de 01 a 02 cm de espessura ou 20 litros de esterco por metro quadrado de canteiro de jardim.
Chamamos esta providencia de adubação de cobertura e neste caso você não precisa se preocupar se o esterco está ou não curtido.
No caso do BONSAI, você não precisa fazer incorporação de matéria orgânica ou esterco ao solo deste, pois fazemos uma mistura de terra extremamente rica em produtos orgânicos.
Você pode fazer uso de Torta de Mamona e Farinha de Ossos, encontrados em casa de produtos agrícolas ("Casa do Fazendeiro"). - Lembramos mais uma vez que você deve seguir as orientações contidas no rótulo destes produtos.
FIZ ADUBAÇÃO MINERAL EM EXCESSO. E AGORA O QUE FAÇO?
Regue copiosamente a planta ou a mergulhe num tanque com água, de forma que o excesso de adubo se perca por lixiviação. (Lavagem da terra) Esta providencia pode ser eficaz mas não é totalmente garantida. Tem de torcer e esperar que não haja maiores problemas ou morte da planta. Adubação
"-Como qualquer ser vivo as plantas além de água, necessitam de alguns elementos existentes na natureza para poderem completar seu ciclo de vida. Estes elementos são chamados nutrientes. No caso das plantas estes são divididos em duas classes principais, os macro e micronutrientes. Macronutrientes são aqueles requeridos em grandes quantidades e são eles: carbono, hidrogênio, oxigênio, nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Os micronutrientes são aqueles requeridos em menores quantidades e são: boro, cloro, cobre, ferro, manganês, zinco e molibdênio.
-As plantas ao contrário dos animais, que só obtém seus nutrientes através dos alimentos ingeridos, têm mais de uma forma de absorver os elementos. O ar é um destes, sendo que dele as plantas extraem o carbono, o oxigênio e eventualmente o enxofre, sendo absorvidos através da respiração. Da água as plantas absorvem o hidrogênio e o oxigênio, através da quebra de sua molécula. Mas o principal local de absorção é obviamente o solo, de onde são extraídos todos os demais nutrientes e por isso é sempre ressaltada a necessidade de se ter um solo fértil. No solo estes nutrientes encontram-se distribuídos em vários locais ou em várias formas, sendo que eles podem estar constituindo partículas dos solo; aderidos a estas partículas, constituindo ou presos à matéria orgânica ou na própria solução do solo, que nada mais é do que a água presente no solo. Mas as plantas somente são capazes de absorver aqueles que estão na solução do solo. Estes estados não são fixos, pois com o tempo os elementos podem sair das partículas minerais do solo para a solução, da solução para os compostos orgânicos e vice-versa.
-Após absorvidos, os nutrientes desenvolvem e participam de diferentes funções nas plantas.
-Nitrogênio– nas plantas o N participa de inúmeros compostos vitais, tanto que pode-se afirmar que sem ele as plantas não podem realizar os processos da fotossíntese e respiração, mas sua principal função é sem dúvida a regulação do crescimento. Com a falta de N a planta não cresce normalmente, e se torna pequena, com um menor número de folhas, além de apresentar uma coloração amarelada primeiramente nas folhas mais velhas e após atingindo as demais. Este sintoma está ligado ao fato da molécula de clorofila, responsável pela coloração verde das folhas, ser constituída por quatro átomos de nitrogênio.
-Fósforo – sua função está relacionada principalmente aos compostos energéticos constituídos por ele, sendo que sem estes compostos não se realiza a fotossíntese nem a respiração. É muito importante para o florescimento e frutificação. Quando se tem falta de fósforo os sintomas aparecem principalmente nas folhas mais velhas, que apresentam uma coloração azulada ou arroxeada. Sua deficiência também atrasa o florescimento e faz com que o número de frutos e sementes seja reduzido.
-Potássio – é exigido pelas plantas em enormes quantidades e sua função está relacionada especialmente com as enzimas que operam em quase todas as reações da planta. Sem potássio a planta não é capaz de respirar. No período da frutificação sua presença em abundância é importante, pois ele auxilia o enchimento ou crescimento de grãos e frutos. O potássio tem função no auxílio ao combate às doenças e na diminuição dos efeitos da geada. Pode-se constatar a deficiência através de manchas ou queimas nas margens das folhas mais velhas. Outras características de sua deficiência são o crescimento lento, plantas com raízes pouco desenvolvidas, caules fracos e muito flexíveis, plantas mais suscetíveis a ataques de doenças e ainda a formação de sementes e frutos pouco desenvolvidos.
-Cálcio – está relacionado a formação da membrana das células. Na frutificação é fundamental, pois este é um momento onde existe uma criação muito intensa de novas células. O fruto passa a apresentar manchas profundas e enegrecidas, as folhas mais novas apresentam as pontas murchas e curvadas. Nas raízes também aparecem sintomas de deficiência, pois este também é um local de grande multiplicação celular, as raízes novas ficam sem estrutura, ou seja, moles, frágeis e gelatinosas.
-Magnésio – a molécula de clorofila contém este nutriente e na falta deste passa da cor verde para laranja. Em deficiência a planta apresenta perda de coloração entre as nervuras das folhas. É um sintoma de fácil visualização, pois ocorre nas folhas mais velhas e suas nervuras permanecem verdes.
-Enxofre – está relacionado fortemente a fotossíntese. Em deficiência a planta apresenta perda de cor nas folhas mais novas podendo tornar-se roxas ou avermelhadas. As folhas ficam pequenas e apresentam suas margens enroladas e caem. O florescimento fica bastante reduzido na falta de enxofre.
-Boro – sua função primordial é a de formação do fruto. Em frutíferas pode-se identificar sua deficiência através de frutos deformados. As folhas mais novas apresentam-se pequenas e deformadas, vindo a cair. As raízes ficam com as pontas grossas e com áreas escuras, podendo ocorrer a morte das mesmas.
-Cloro – tem função nas reações de quebra da molécula de água. Não se conhece deficiência de cloro, pois sobre todos os solos do globo em algum momento houve água do mar que é abundante em cloro.
-Cobre – está relacionado a atividade fotossintética. A deficiência é evidenciada por enrolamento de pontas das folhas mais novas.
-Ferro – constituinte de enzimas importantes para a clorofila. A deficiência aparece nas folhas mais novas que apresentam o que se chama de "clorose", que é a perda da cor verde passando ao amarelo ou branco entre as nervuras e depois em toda a folha que pode se tornar esbranquiçada.
-Manganês – ligado a fabricação da clorofila. Em falta apresentam perda de cor nas folhas novas em toda a área interior às nervuras.
-Zinco – está relacionado principalmente à fabricação de uma enzima chamada AIA, que é responsável pelo crescimento celular, portanto uma planta deficiente em zinco apresenta-se anã e suas folhas novas não se desenvolvem completamente, formando uma roseta nos ramos novos.
-Molibdênio – este elemento é exigido em baixíssimas quantidades e está ligado ao aproveitamento do nitrogênio pelas plantas. Uma planta em deficiência de molibdênio apresenta sintomas semelhantes aos de nitrogênio.
-Estes são os nutrientes mais importantes para todas as culturas, mas algumas espécies de plantas podem utilizar outros elementos em seu metabolismo, como silício, cobalto, sódio e níquel, porém estes casos são muito específicos e não serão descritos no momento.
-Apesar de todos os nutrientes serem importantes, três deles se destacam mais: o nitrogênio, o fósforo e o potássio, por serem requeridos em grandes quantidades por todas as plantas em geral, daí surgem as fórmulas conhecidas como NPK (nitrogênio, fósforo e potássio). Estas fórmulas comercialmente são apresentadas por exemplo da seguinte forma: 04-14-08, 10-10-10 ou 0-25-25 e estes números significam as porcentagens dos três elementos sucessivamente. Normalmente as adubações são realizadas levando-se em conta somente estes três nutrientes, o cálcio e o magnésio são fornecidos através do calcário na maior parte dos casos e em se tendo falta destes pode-se realizar a aplicação de gesso, que também fornece o enxofre.
-Existem adubos químicos onde os micronutrientes estão presentes em pequenas proporções juntamente com o NPK em suas formulações. Quando uma deficiência destes (micronutrientes) é constatada seu suprimento na maior parte dos casos é feito através de adubação líquida foliar com pulverizações. As plantas absorvem nutrientes também através das folhas, sendo que neste sistema a absorção dos nutrientes e a resposta da planta é mais rápida.
-Em hortas, vasos de plantas ornamentais, viveiros de mudas ou até mesmo em culturas anuais, também podem ser utilizados adubos orgânicos. Estes são aqueles obtidos diretamente da natureza sem tratamentos químicos, podendo ser de origem vegetal, animal ou até mesmo mineral. Os mais conhecidos e utilizados adubos orgânicos são: farinha de ossos calcinada, farinha de peixe, torta de mamona e esterco curtido de animais que hoje já podem ser encontrados nas lojas do ramo ou até mesmo em supermercados.
-Os tipos de esterco mais utilizados são o de aves e o de bovinos, mas deve-se deixá-los em repouso por certo tempo para que estes posam fermentar (curtir), pois o esterco cru, pode causar queimaduras nas raízes. Neste período de fermentação do esterco ele pode ser enriquecido com qualquer resto vegetal, este processo é conhecido como compostagem, sendo que o esterco pode ser considerado "pronto" ou "curtido" quando já não exala cheiro forte e torna-se relativamente seco e solto. Abaixo apresentamos as porcentagens médias de nutrientes dos principais adubos orgânicos:
Adubos orgânicos
Esterco de ave 3,5 (N) 3,5 (P) 3,0 (K)
Esterco de bovino 1,5 (N) 1,4 (P) 1,5 (K)
Farinha de ossos 0,0 (N) 29,0 (P) 0,0 (K)
Farinha de peixe 6,0 (N) 7,5 (P) 0,0 (K)
Torta de mamona 5,5 (N) 2,0 (P) 1,0 (K)
-Para se utilizar bem este tipo de informações deve-se sempre recorrer as funções dos nutrientes. Por exemplo uma planta que apresenta uma baixa floração, deve receber um adubo com uma porcentagem mais alta de fósforo, como a farinha de ossos calcinada. Ou uma planta com pouco crescimento, poucas folhas e amarelada, deve receber um adubo com mais nitrogênio, como a torta de mamona. Normalmente encontramos recomendações da aplicação da mistura dos dois visando um fornecimento mais completo de nutrientes para as plantas.
-Além dos adubos orgânicos existem os químicos. Os mais conhecidos e suas porcentagens de nutrientes estão listados abaixo:
Adubos químicos
Uréia 44 (N) 0,0 (P) 0,0 (K) Super Simples 0,0 (N) 18 (P) 0,0 (K) Cloreto de Potássio 0,0 (N) 0,0 (P) 58 (K)
MAP 9,0 (N) 48 (P) 0,0 (K)
DAP 16 (N) 45 (P) 0,0 (K)
-É importante ressaltar que a adubação deve ser vista como um tratamento médico, onde o excesso pode trazer transtornos. Quando a adubação é demasiadamente excessiva, além do gasto ser maior do que o desejado as plantas podem apresentar queima nas raízes, folhas e frutos ou até mesmo morrer devido a este excesso.
-Em qualquer cultivo de plantas o conhecimento dos nutrientes e adubos é importante. Assim ocorre com o bonsai que deve ter sempre a sua disposição naquela pequena porção de solo, os nutrientes necessários para seu bom desenvolvimento. Ao contrário das plantas na natureza, as raízes do bonsai não podem aprofundar-se em busca de alimento e que, com a rega diaria, alguns elementos fundamentais vão sendo lavados do solo. Portanto é necessário uma adubação de manutenção periódica para que tenhamos plantas saudáveis e mais resistentes a pragas e doenças. A saúde e o vigor do bonsai são fundamentais para a obtenção de uma resposta rápida as técnicas aplicadas. Sua beleza dependerá exclusivamente dos cuidados e tratamentos adequados ao seu cultivo. |
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