sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Plantas Toxicas


A escolha das espécies exige cautela e conhecimento. Algumas espécies, aparentemente parecem ser inofensivas, mas quando ingeridas ou em contato com a pele, causam sérias intoxicações e alergias. Algumas espécies contém substâncias nocivas à saúde de animais e seres humanos, podendo até ser fatais. Existem aproximadamente 400 espécies de plantas ornamentais tóxicas. Inclusive species dessas usadas como Bonsai
 


Em algum grau, toda planta apresenta alguma toxicidade, mas a denominação plantas tóxicas se aplica àquelas cuja ingestão ou contato provoca sintomas de intoxicação.

Usualmente os botânicos especializados em plantas medicinais estudam também as plantas tóxicas, já que os princípios ativos são o que determina a ação de ambos os tipos, e há plantas medicinais que são tóxicas se ingeridas em excesso - como a erva-de-santa-maria, ou se certas partes da planta forem ingeridas.


Segundo o Centro de Toxicologia do Hospital das Clínicas de São Paulo, o índice de óbitos por intoxicação de plantas é baixo, e quando acontece, na maioria dos casos, tem como responsáveis principais a Mamona (Ricinus communis), e a Mandioca-Brava (Manihot utilissima). Os acidentes mais frequentes dão-se devido a ingestão de espécies como a Trombeteira ou Saia-Branca (Brugmansia suaveolens), a Coroa-de-Cristo (Euphorbia milli), Comigo-Ninguém-Pode (Dieffenbachia maculata "Picta"), e a Espirradeira (Nerium oleander), que são espécies mais comuns nas casas.

A maior parte dos casos ocorrem com crianças com idade entre dois e sete anos, embora sejam também registrados casos com adultos e animais. Veja abaixo algumas precauções e outras espécies ornamentais tóxicas:


Precauções
Ensine as crianças a não colocar plantas na boca;
Conheça as todas as plantas da casa, seu nome e características;
Não coma, nem faça chás de plantas desconhecidas;
Quando reformar ou planejar um jardim, informe-se sobre as espécies a serem utilizadas;



Espécies Ornamentais Tóxicas
  • Leiteiro Branco (Euphorbia leucochephala)    
  •  Samambaia (Pteridium aquilinum)
  •  Canela-de-Veado (Sessea brasiliensis)
  •  Cambará (Lantana camara)
  • Cróton (Codiaeum variegatum "Blume")
  • Leiteiro Vermelho (Euphorbia cotinifolia)
  • Avelós (Euphorbia tirucalli)
  • Batata do Inferno (Jathropha podagrica "Hook")
  •  Espatódea (Sathodea capanulata)
  •  Avenca Japonesa (Nandina domestica)
  •  Suína (Erythrina crista-Galli)
  • Jasmin Manga (Plumeria rubra)
  • Flamboyanzinho (Caesalpinea pulcherrima)
  •  Aroeira (Lithraea brasiliensis)
  •  avelós  (Euphorbia tirucalli)
  • batata (Solanum tuberosum), a solanina não pode ser comida crua
  • cinamomo (Melia azedarach)
  • comigo-ninguém-pode (Dieffenbachia picta), cultivada como ornamental, cujos idioblastos (células especializadas) armazenam uma grande quantidade de pequenos cristais em forma de agulhas, as ráfides. A irritação e o inchaço provocados pelas ráfides podem levar ao fechamento da glote, e à morte por asfixia.
  • pinhão-branco (Jatropha curcas)
  • mamona (Ricinus communis)
  • beladona ou erva-do-diabo, utilizada como chá com objetivos alucinógenos (chá-de-lírio ou chá-do-delírio). Contém os alcalóides escopolamina e hioscina, que atuam nos receptores da acetilcolina, afetando o sistema nervoso e podendo ocasionar coma.
  • bico-de-papagaio (Euphorbia pulcherrima)
  • buchinha (Luffa operculata), planta medicinal usada no tratamento da sinusite, por meio de infusão, mas também como abortivo. Provoca hemorragia que pode ser fatal.
  • chapéu-de-napoleão (Thevetia peruviana)
  • copo-de-leite (Zantedeschia aethiopica), ingerida pode provocar asfixia, em contato com os olhos, lesão na córnea
  • coroa-de-cristo (Euphorbia milli)
  • dedaleira
  • espirradeira (Nerium oleander)
  • mandioca brava: rústica, é usada tradicionalmente apenas para fazer farinha 
  • palmeira cica
  • saia-branca (Datura suaveolens)
  • taioba-brava (Colocasia antiquorum)
  • tinhorão (Caladium bicolor)
  • tomate, cujas folhas contêm um alcalóide
  • urtiga (Fleurya aestuans)

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