quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Pragas e Doenças Identificaçao e Controle

Primeiramente devemos ter ciencia  que plantas nutridas, bem adubadas,
com irrigação adequada, com boa insolação e bem ambientadas
são plantas sadias e não dão chances às pragas. Outro fator
muito importante é que só podemos considerar praga uma
infestação, ou seja, uma lagartinha não irá condenar o seu
Bonsai.
A seguir algumas das infestações e doenças mais comuns que
ocorrem em bonsais.


FORMIGAS



DANO / IDENTIFICAÇÃO: Corte das folhas e brotações.
Facilmente identificável pelos ninhos e pelos carreiros.

CONTROLE: Procurar os ninhos e colocar uma solução de 5 partes de água com 1
parte de cândida diretamente no “olho” do formigueiro para eliminar o fungo
alimentar produzido pelas formigas. Repita a operação diariamente até a
eliminação.




sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Plantas Toxicas


A escolha das espécies exige cautela e conhecimento. Algumas espécies, aparentemente parecem ser inofensivas, mas quando ingeridas ou em contato com a pele, causam sérias intoxicações e alergias. Algumas espécies contém substâncias nocivas à saúde de animais e seres humanos, podendo até ser fatais. Existem aproximadamente 400 espécies de plantas ornamentais tóxicas. Inclusive species dessas usadas como Bonsai
 

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Isolamento para inseticida e fungicida

Segue ai a dica para quem vai utilizar  inseticida e fungicida
essa tecnica conciste em isolar o substrato dessas substancias que muitas vezes podem ser prejudiciais se entrarem em contato com a raiz .


quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Como fazer um vaso de cimento para Bonsai

Normalmente para os iniciantes da arte do bonsai, a aquisição de vasos torna-se um pequeno problema por vários fatores e um dos principais é achá-los. Em lojas especializadas as vezes o  preço se torna meio salgado portanto com essa técnica você vai poder fazer seu próprio vaso à um preço bem baixo. Tão logo sua arte se desenvolva você perceberá que precisará de itens melhores, mas para o começo isto vai ser de grande valia.
 ...
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Desfolha na arte do Bonsai

A Desfolha – Uma Entrevista com Carlos Tramujas
Texto: Elio Nowacki
A Associação Paranaense de Bonsai, na pessoa de seu presidente Elio Nowacki, conduziu uma entrevista exclusiva para a revista A Arte Bonsai com o bonsaísta Carlos Tramujas, sobre um assunto importante no desenvolvimento de nossos bonsai que é a desfolha. Profunda e técnica, representa um importante acréscimo ao conhecimento de bonsaístas de todos os níveis.

Confira o restante dessa materia   Aqui ...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Estações do ano


As datas que marcam o início das estações do ano determinam também a maneira e a intensidade com que os raios solares atingem o nosso planeta em seu movimento de translação. Essas datas recebem a denominação de equinócio e solstício.
As estações do ano estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento das atividades humanas, como a agricultura e a pecuária. Além disso, determinam os tipos de vegetação e clima de todas as regiões da Terra. E são opostas em relação aos dois hemisférios do planeta (Norte e Sul).

sábado, 11 de dezembro de 2010

Adubação



O QUE É ADUBAÇÃO E PARA QUE SERVE ?

Adubar uma planta, é fornecer matérias primas nutrientes para que a mesma possa usar no processo da fotossíntese, e produzir o seu alimento. A planta, como qualquer outro ser vivo, têm de se alimentar e isto acontece a partir do processo de fotossíntese.

Quando adubamos uma planta, nada mais estamos fazendo que colocar um estoque de matérias primas nutrientes disponíveis no solo, para que a mesma possa usar no processo da fotossíntese e conseqüentemente produzir o seu alimento.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Historia do bonsai

Como não existem documentos que comprovem como e quando exatamente surgiu o bonsai, há muitas histórias diferentes que descrevem a origem. No entanto, é possível citar pontos em comum entre elas. Segundo as diversas versões, os primeiros bonsai foram cultivados no china há milhares de anos atrás.
A história mais aceita entre os cultivadores do mundo todo, é a de que há milhares de anos, na China, os homens mais ricos e cultos saiam das cidades, buscando maior contato com a natureza. O intuito era seguir para as montanhas e lá contemplar todos os fenômenos naturais, tudo isso visando atingir a harmonia e a tranquilidade do espírito.

Em meio às matas, esses chineses encontravam muitas espécies de árvores de tamanho menor. Eles as chamavam de árvores-anãs. As formas em miniatura, fascinaram tanto, que começaram a retirá-las das florestas e cultivá-las em vasos.

Inicialmente, as árvores em miniatura eram mantidas como eram encontradas, sendo apenas transplantadas para vasos. No entanto, com o tempo, foram surgindo, de forma gradual e lenta, técnicas que visavam aprimorar o formato dos pequenos exemplares.

PODA



Em geral o têrmo poda se utiliza para denominar qualquer tipo de corte que se efetua sobre uma planta. Mas é importante estabelecer uma diferença entre o corte e o pinçado.
PODA PROPRIAMENTE DITA
A poda propriamente dita cumpre uma função restauradora pois, permite rejuvenecer uma planta, eliminar defeitos, ramos mortos, dirigir, orientar e controlar o crescimento. Também assegura o equilíbrio entre a parte aérea e radicular (raízes).
Se a poda é importante em qualquer tarefa de jardinagem, no Bonsai adquire uma importância fundamental: mediante a poda se estabelece a estrutura básica, se conserva a forma e, se corrigem e evitam defeitos.

Escorredor e Mamadeira


Objetivo
Acelerar o desenvolvimento da planta, diâmetro do tronco e estrutura de galhos, permitindo que o bonsai adquira o aspecto de árvore adulta em menor espaço de tempo.
Esta técnica oferece várias vantagens em relação a plantar o bonsai no solo, entre elas:
  • permite alternativas sobre o melhor local para planta
  • maior controle dos substratos usados
  • melhor controle das adubações
  • mobilidade da planta para trabalhos de manutenção
  • grande facilidade no replantio para o vaso final
PASSO A PASSO
Plantio no escorredor
  • Plantar o bonsai num escorredor plástico, normalmente usado em cozinha, redondo e totalmente furado nas laterais e parte inferior.
  • Usar substrato com boa drenagem, preferindo granulação entre 3mm e 5mm. Usar para isso os ingredientes mais acessíveis e baratos em sua região.
  • Funciona bem a composição de 70% de matéria não-orgânica e 30% de matéria orgânica, ou variações próximas disso.
  • Iniciar adubação 3 semanas após o plantio.
  • Manter o escorredor em local arejado e com boa insolação.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Estilos de Bonsai




Durante nossas vidas nos acostumamos a ter a companhia das arvores e muitos são os momentos
em que elas fazem parte dos lugares onde estamos e passamos. Parece que sua presença causa
um certo bem estar nos seres humanos, o que não é nenhum absurdo, afinal as arvores
são tão seres vivos como nós e habitaram a terra durante toda nossa existência.
Não existe critério em arte. É obvio que qualquer árvore, plantada em qualquer recipiente
pode ser chamado de bonsai. Mas também deve ficar claro que as semelhanças com formas
que já conhecemos a gerações (formas naturais) são mais agradáveis.
Uma das conveniências da classificação dos estilos na arte bonsai é que de alguma maneira nós já vimos vários
estilos naturais de árvores ou lugares em que as composições naturais envolvem árvores.
Estamos acostumados a vê-las !
As árvores e suas formas particulares nos fornecem modelos do que pode ser um bonsai. È isso mesmo...
Se imitarmos esses estilos naturais, certamente não erraremos na estética de nosso bonsai.

Principais estilos para bonsai

Os estilos são inspirados nas formas que as árvores criam na natureza, aperfeiçoadas ao detalhe através da técnica Bonsai. Embora existam muitos mais, e de cada um várias derivações.
Muitas vezes em uma única árvore reúnem-se mais do que um estilo, bem como nem todos os Bonsai têm de se enquadrar num destes estilos, mesmo na natureza existem árvores com formas que não se enquadram em nenhum estilo.Assim sendo, se o nosso Bonsai não tiver forma de “Bonsai” clássico (estilo clássico), poderá sempre ser uma perfeita árvore em miniatura




PRINCIPAIS ESTILOS


BUNJINGI ¬ DESARMONIA HARMONIOSA: Possui troncos quase retos, mas com galhos curtos, espaçados e apenas na parte mais alta da planta. Isso lhes empresta uma certa elegância discreta. (MINIMALISTA) O estilo Bunjingi é a presença de um minimalismo no cultivo do bonsai, provavelmente por influência do Zen. O bonsai bunjingi não tem aspecto de profundidade e possui uma razoável tortuosidade, passando na maioria das vezes uma idéia de simplicidade e leveza.
CHOKAN ¬ FORMAL: A planta se eleva com o tronco reto.
Este estilo baseia-se nas árvores gigantes que crescem isoladamente. Deve Ter um único trono reto e rígido, e uma distribuição de galhos perfeita, diminuindo a medida que o tronco se afasta do solo , formando um triângulo . Os galhos podem ser horizontais ou dirigidos para baixo, mas nos dois casos devem se harmonizar com a árvore.
HOKIDACHI ¬ REDONDA: A folhagem de cada galho básico é podada em curvas.
O bonsai hokidashi tem o tronco vertical, com os galhos muito ramificados formando uma copa única. De certo modo, parece uma vassoura invertida. MOYOGI ¬ INFORMAL:O tronco da árvore se eleva em curvas. Estilo Ereto Informal ou Vertical não Geométrico
O bonsai neste estilo tem um único tronco com certa sinuosidade ou inclinação. Esse estilo assume uma forma correspondente á maioria das arvores nas praças , parques, ruas e na própria natureza.O bonsai Moyogi pode ter galhos exageradamente tortuosos , ou com pouco tortuosidade. O mais importante é que a árvore possua uma aspecto geral de informalidade.
SHAKAN ¬ INCLINADO: O tronco da árvore se eleva em curvas.
O bonsai shakan tem o tronco inclinado e sempre reto, independente de ser grosso ou fino. A diferença entre este estilo Fukinagashi (varrido pelo vento) é o fato de os galhos crescerem nos dois lados da árvore.
a-Sho-shakan - Mínima inclinação
b-Chu-shakan - Inclinação média
c-Dai-shakan - Inclinação extrema FUKINAGASHI ¬ LEVADO PELO VENTO: A característica do bonsai fukinagashi é possuir todos os galhos "caídos" para um dos lados, como se fossem constantemente soprados pelo vento. A característica do bonsai fukkinagashi é possuir todos os galhos "caídos "para um lado, como se fossem soprados constantemente pelo vento.
SHIDARE-ZUKURI ¬ SALGUEIRO OU GALHOS CAIDOS: Árvore com todos os galhos, ou quase todos, em queda. Como um Salgueiro-chorão. Estilo apropriado somente para o salgueiro-chorão, a glicínia e umas poucas outras espécies que apresentam ramos pendentes.
HAN- KENGAI ¬ SEMI-CASCATA: A planta se inclina para fora do vaso. Estilo Queda parcial.
O Bonsai han-kengai é semelhanate ap Kengai. Tem um aspecto horizontal e geralmente uma parte da árvore se inclina para baixo porém, com uma inclinação menos acentuada que a do estilo Kengai. É plantado em vasos mais rasos que os utilizados para o Kengai.Estes são os estilos de bonsai que derivam dos estilos básicos. No caso de observarmos um bonsai com características de dois estilos, por exemplo, um bonzai de raízes expostos (neagari) geralmente é um Moyogi, o seu estilo não será Moyogi e Neagari, somente Neagari. Ou seja o bonsai irá assumir o estilo específico e não o básico no caso de possuir características de dois estilos.

KENGAI ¬ CASCATA: A planta se inclina mais fortemente para fora e para baixo. Estilo Queda total .
No estilo Kengai a maior parte da árvore cresce para baixo, atingindo um nível inferior ao da borda do vaso. A diferença entre este estilo e o estilo Han-Kengai (semi cascata) é que no bonsai Kengai a parte da árvore em queda realmente cai enquanto que no estilo Han-Kengai ocorre uma insinuação de queda, uma queda parcial. Para este estilo são utilizados vasos mais profundos que os comumente utilizados para os outros estilos de bonsai.Este estilo é baseado na situação que ocorre na natureza com as árvores que nascem nas encostas dos penhascos.
NETSURANARI ¬ ÁRVORES INTERLIGADAS: O bonsai netsuranari caracteriza-se por apresentar várias árvores que crescem de uma única raiz serpentiforme.
SOKAN ¬ TRONCO BIPARTIDO: Dois troncos com um único sistema de raízes

IKADABUKI ¬ MÚLTIPLOS TRONCOS: Vários troncos com um único sistema de raízes. KABUDACHI ¬ TRONCOS MÚLTIPLOS: Neste estilo vários troncos partem de um único tronco mais grosso.Os troncos devem aparececer a poucos centímetros da superfície pois,desta forma tronco-mãe será mais curto.O estilo da árvore da figura ao lado é chamado Sokan (tronco duplo).
Kabudachi.

Classificando pelo número de troncos da mesma árvore que é o Estilo Kabudachi, temos:
Tankan - 1 Tronco
Sokan - 2 Troncos
Sankan - 3 Troncos
Gokan - 5 Troncos
Nanakan - 7 Troncos
Kyukan - 9 Troncos


SEKIJOJU ¬ RAIZ SOBRE ROCHA: As raízes são aparentes como no neagari, mas nesse caso abraçam firmemente uma pedra ou pedaço de rocha antes de penetrar no solo.
ISHITSUKI ¬ ENRAIZADO EM ROCHA: Árvore plantada sobre uma rocha, com suas raízes expostas, criando um grande impacto visual.
Este estilo é semelhante ao anterior. A diferença é que neste estilo as raízes não vão de encontro ao solo como no estilo anterior.
NEAGARI ¬ RAÍZES VERTICAIS EXPOSTAS: Possui raízes aparentes, que brotam dos troncos e lhes emprestam uma aparência singular.
O Bonsai neagari possui raízes grossas aparentes , que sustentam o tronco acima do solo. Este estilo é característico do bonsai chinês, pois é muitas vezes utilizado pelos chineses.

KORABUKI ¬ TARTARUGA: Uma ou mais raízes se estendem aos arredores do tronco, formando uma superfície similar à de uma casca de tartaruga. Estilo raramente visto, o Korabuki nos dá a sensação de que o tronco da árvore se estendeu até o solo, querendo cobri-lo. O iniciante deverá procurar uma muda de árvore em um viveiro com essa característica ao invés de formá-la. SHARIMIKI ¬ MADEIRA-EXPOSTA: Não é difícil encontrarmos na natureza uma árvore com troncos inicialmente vivos, mas com uma terminação seca e morta, muitas vezes por ter sido atingido por um raio. São essas árvores que o estilo Sharimiki representa. Este estilo é obtido através da coleta de árvores na natureza (yamadori) ou artificialmente (Jin, Shari e Madeira - Arrastada). SABAMIKI ¬ ÁRVORE PARTIDA: Tronco rachado, de forma que saiam galhos e folhagens das duas partes, simulando a ação de um raio ou de outro acidente natural. Utilizado para dar a impressão de uma árvore que talvez tenha sido atingida por um raio, ou algum outro trauma sofrido há muito tempo. Jins & Shari's são geralmente vistos em coníferas.
Jin & Sharimiki são frequentemente utilizados quando criar um bonsai a partir de qualquer viveiro ou material recolhido. Normalmente, para mascarar um defeito, ou para reduzir uma árvore e dar-lhe um melhor tronco e altura. Idealmente madeira morta efeitos deverão procurar resistiu. Encrespar-se, ou esculpir a madeira, sempre que possível. NEJIKAN ¬ TRONCO RETORCIDO: O tronco da árvore deve percorrer um movimento axial. O nejikan é um belíssimo estilo e produz um efeito ainda mais interessante em espécies de tronco particularmente bonito.
BANKAN ¬ SERPENTINA: Este talvez seja o mais excêntrico de todos os estilos, pois o bonsai Bankan tem um tronco formando círculos e arcos consecutivos.
TAKOZUKURI ¬ ESTILO POLVO: A disposição e a forma dos galhos lembram um polvo com seus tentáculos. Um belo estilo, mas não é normalmente visto no Brasil.
Dotado de um charme particular, este estilo é um dos que mais chamam a atenção do público ou dos iniciantes nesta arte. A técnica utilizada para formá-lo não é simples a ponto de poder ser praticada por um iniciante. Muita experiência em jardinagem comum e razoável experiência com bonsai são recomendados.

SAIKEI ¬ PAISAGEM EM UMA BANDEJA: Neste estilo é criada uma paisagem miniatura formada por árvores que são pequenas mudas ou mame bonsai de árvores de folhas muito pequenas.
YOSE - UÊ ¬ FLORESTA: Neste estilo representa uma floresta que deve Ter mais de nove árvores na mesma bandeija. Quando o número de árvores é abaixo deste, o estilo não considerado Floresta, é considerado árvores em grupo.

YAMAMORI ¬ ÁRVORES EM GRUPO: Esta é a forma pela qual podemos limitar o comprimento do tronco e dos galhos , regulamos o número de galhos e folhas, e podemos também diminuir o tamanho das folhas.
2 árvores : Soju
3 árvores: Sambon - Yose
5 árvores: Gohon - Yose
7 árvores: Nanahon - Yose
9 árvores: Kyuhon - Yose

Substrato para Bonsai

Matéria publicada no site www.artebonsai.com.br

Eduardo Campolina

Um assunto recorrente e sempre cercado de divergências e mistérios, o substrato ideal representa o mais importante elemento de todas as variáveis relacionadas ao cultivo do bonsai. Em qualquer local onde se agrupem duas pessoas para conversar sobre bonsai de forma geral ou comentar sobre um indivíduo em especial, impreterivelmente o assunto virá à tona: “Que solo está usando?”.
Matéria cercada de mistérios e mistificações, volta e meia vemos reclamações e cobranças sobre um consenso, uma posição definitiva, um ponto final no que se refere ao substrato ideal para o cultivo do bonsai.
Por todo o mundo foram e são publicados verdadeiros tratados com as mais diversas abordagens sobre o tema e nenhum deles teve, e muito menos este artigo terá a pretensão de ser a publicação definitiva, que revelará o utópico substrato ideal que poderá ser utilizado com sucesso no cultivo do bonsai em qualquer lugar do mundo.

O assunto será objeto de diversos artigos futuros que discorrerão de forma objetiva e desmistificada sobre as principais características desejadas em um substrato adequado ao cultivo do bonsai, baseado em informações obtidas de diversas publicações, algumas de caráter cientifico, outras especializadas, como também na troca de experiências adquiridas em alguns anos de erros e acertos na busca não de um substrato ideal, mas de elementos para a formação de substratos adequados, com ótimas respostas nas diversas fases do cultivo e de fácil obtenção.

Um dos primeiros pontos a ser observado num artigo como este é que num país com as dimensões do nosso, seria no mínimo ingenuidade considerar qualquer relação de solos e substratos baseado unicamente nas características individuais das espécies vegetais. Qualquer formulação baseada neste conceito se tornará um problema bastando apenas uma relativa diferença de altitude ou ocorrência de variações microclimáticas entre regiões surpreendentemente próximas. Maior será a incoerência se considerarmos as diferenças climáticas existentes entre cada uma das regiões do país.

Todo entusiasta que pretenda ingressar no cultivo do bonsai, independente do número de exemplares escolhidos, deve buscar desde o princípio de sua instrução adquirir conhecimentos que o habilitem a produzir de forma satisfatória o substrato adequado à sua condição climática e principalmente à sua disponibilidade no cuidado diário de suas plantas.

Logicamente não é o mais indicado ao principiante, sob pena de cometer erros fatais pela falta de experiência, produzir seu primeiro substrato sem nenhuma orientação ou conhecimento prático prévio. Mas apoiado principalmente na experiência de bonsaístas mais experientes da mesma região, deverá o quanto antes procurar compreender pelo menos o comportamento físico dos elementos constituintes dos substratos disponíveis.

Os solos de origem japonesa são tidos como os solos ideais para o cultivo do bonsai em todo o mundo pois são tradicionalmente utilizados naquele país para este fim. No entanto são apenas os solos de melhores características disponíveis no Japão e de forma alguma devem ser considerados os melhores solos para o cultivo do bonsai em qualquer outro lugar do mundo em que sejam utilizados. Mesmo no Japão alguns cultivadores não os utilizam, preferindo utilizar exclusivamente areia granulada como substrato. Com isso pretendemos demonstrar que o substrato adequado pode e deverá ser extremamente variável, sendo composto de elementos únicos ou diversos que cumprirão as funções adequadas para a sua região e forma de cultivo, pela combinação das características físicas e químicas necessárias.

As funções

O substrato precisa cumprir diversas funções no vaso de bonsai. Fornecer sustentação às raízes, proporcionar a retenção de água e nutrientes, promover aeração e drenagem adequadas e, dependendo do objetivo, acelerar ou retardar o crescimento das raízes. Algumas destas funções que são aparentemente contraditórias como a retenção de água e aeração, poderão ser cumpridas pela associação de diversas propriedades físicas num mesmo elemento.

Assim, um elemento que possui boa capacidade de retenção de água em sua estrutura fornecerá a adequada retenção de água e nutrientes para a utilização pelas raízes ao longo do dia. Se este mesmo elemento for utilizado em uma granulometria específica, o espaço formado entre os grãos eliminará a água rapidamente, sendo preenchido por ar, fornecendo oxigênio para estas mesmas raízes.

As características

Dentre todas as características físicas e químicas necessárias a um bom substrato, as características físicas são as que teremos maior dificuldade em alterar rapidamente, sem a necessidade de grandes intervenções. Na verdade isto só será possível pela troca parcial ou total do substrato. Assim cuidaremos primeiro das propriedades físicas.

A primeira característica a ser observada num componente do substrato para bonsai é a dureza ou resistência à degradação física. O substrato do bonsai é mantido no vaso por um período relativamente longo, freqüentemente por no mínimo um ano.

Pela ação principalmente da rega, as partículas do solo são gradativamente fragmentadas, reduzindo assim sua granulometria inicial. A redução da granulometria reduz o espaço formado entre as partículas aumentando a retenção de água, e como conseqüência diminuindo o oxigênio disponível para as raízes. Utilizando um substrato resistente à degradação, minimizamos ou eliminamos a ocorrência deste problema no decorrer dos anos e aumentamos o tempo de permanência do substrato sem a necessidade de transplante.

O elemento de maior resistência mais utilizado em nossos compostos é a areia granulada. Virtualmente indestrutível pela ação normal dos elementos atuantes em nossos vasos, pode ser utilizada pura, fornecendo até mesmo uma retenção ideal de água, de acordo com a granulometria utilizada. Na outra ponta o solo comum deve ser utilizado com cautela pois dependendo de sua constituição, fragmentam-se rapidamente, compactando o solo. Esta compactação, além de reduzir a aeração e conseqüentemente o oxigênio disponível, impede a adequada penetração de água no solo, provocando a morte das raízes e conseqüente perda de galhos.

Um outro elemento perigoso especialmente ao iniciante e que é indiscriminadamente disseminado pelo Brasil é a utilização da terra de cupim. A sua resistência é extremamente variável, e apesar de funcional em alguns casos, depende da composição do solo em que foi construído, idade do cupinzeiro e do tratamento dado antes da utilização.

Aqui ainda devemos chamar a atenção para um outro elemento bastante utilizado e que pode ser extremamente danoso no vaso de bonsai. À primeira vista a argila expandida, natural ou fragmentada, pode parecer o elemento ideal. A experiência demonstra e foi comprovado cientificamente que a argila expandida é prejudicial ao desenvolvimento das raízes, fato que será explicado com detalhes posteriormente.

O composto formado pela fragmentação de tijolos e telhas cerâmicas, comumente chamada caqueira ou tijolito, vem sendo considerado um dos melhores elementos para utilização como substrato de bonsai. No composto praticamente não sofre degradação, mantendo sua granulometria estável por muitos anos.

A cacidade de retenção de líquidos é outra característica buscada nos nossos compostos.

Apesar da possibilidade desta propriedade ser contornada pela adequação da granulometria das partículas mesmo em compostos sem nenhuma capacidade de armazenamento de líquidos, como no caso da areia e pedriscos, em alguns casos é desejado um composto de partículas maiores favorecendo o desenvolvimento das raízes e acelerando o desenvolvimento do bonsai. Neste caso um composto formado por pedriscos grossos tenderia a secar rapidamente, podendo representar um problema adicional. Idealmente a partícula deveria possuir de forma equilibrada a afinidade por líquidos, absorvendo e saturando-se rapidamente quando o meio estiver com líquidos disponíveis, e liberando com facilidade para o interstício (espaços entre as partículas) a medida que o mesmo perde umidade. Os compostos orgânicos como a compostagem, esterco e turfa possuem a maior capacidade de absorção e retenção de líquidos mas falham na habilidade em liberar o mesmo, retendo a umidade por longos períodos. A terra argilosa possui de forma razoavelmente equilibrada as duas propriedades de armazenamento e liberação de líquidos mas a medida que vai se degradando, tende a reter mais líquido pela redução do espaço intersticial, favorecendo o efeito de capilaridade.

Além disso as finas partículas formadas pela degradação agregam-se novamente em partículas maiores e compactas que dificultam a penetração da água. Mais uma vez a caqueira cerâmica apresenta a maior facilidade tanto na retenção quanto na liberação de líquidos de acordo com a variação da umidade do meio.

Outra característica física importante mas relacionada ao composto como um todo e não apenas aos elementos individuais utilizados em sua composição é a granulometria das partículas. Em termos gerais são utilizadas partículas de granulometria entre 1 e 5 mm de diâmetro. Esta grande variação apresenta objetivos diversos tanto na retenção de líquidos do composto quanto na taxa de crescimento das raízes. Um composto de grãos mais finos entre 1 e 2 mm, apresenta menores espaços intersticiais, favorecendo a retenção de líquidos no interstício pelo maior efeito capilar entre as partículas e vice versa. Em relação ao crescimento das raízes, um substrato composto por partículas mais grossas possui conseqüentemente maior espaço entre as partículas para um crescimento mais livre

das raízes, resultando num desenvolvimento mais rápido da árvore como um todo. Assim partículas grossas são utilizadas em árvores jovens ou nas que necessitamos de um desenvolvimento mais acelerado. De forma oposta um substrato de partículas finas fornece uma barreira mecânica ao desenvolvimento das raízes, retardando o seu crescimento.

Estratificação do Substrato.

Estratificação do substrato consiste na formação de camadas de diferentes granulometrias de substrato no vaso de bonsai. Esta estratificação segue um padrão em que o substrato mais grosso fique no fundo do vaso, o intermediário no meio e o fino próximo à superfície. Nunca é demais lembrar que partículas menores que 1mm (pó) não são utilizadas. Este padrão é utilizado por muitos anos nos mais antigos bonsai do mundo, com ótimos resultados. Recentemente este padrão vem sido questionado. Uma das alegações que justificariam este questionamento seria de que o substrato grosso do fundo do vaso secaria rapidamente, provocando a desidratação das raízes nesta região. Outra alegação seria de que o efeito capilar formado pela estratificação teria efeito contrário ao favorecimento da drenagem desejada no vaso do bonsai, mantendo o substrato mais úmido que o desejado. Utilizando duas propriedades presentes no substrato estratificado, apontam causas diferentes e contraditórias para justificar a sua não utilização.Vamos então analisar estas propriedades levando em consideração algumas peculiaridades do cultivo do bonsai.

O vaso do bonsai tem um formato característico que interfere fortemente no comportamento dos líquidos no substrato que contém. A altura do vaso em relação às suas demais dimensões reduz a influenciada da gravidade no favorecimento da drenagem, especialmente quando optamos por um substrato de granulometria menor, proporcionando uma maior homogeneidade na distribuição vertical dos líquidos. Em contrapartida, a maior área de exposição na superfície do vaso, faz com que a região superficial perca líquidos de forma acelerada, secando primeiro que as camadas inferiores.

Podemos concluir desta forma que ao utilizarmos um substrato homogênio de granulometria média em um vaso de bonsai, as camadas superficiais do substrato, após o escoamento do excesso de água após a rega, secarão mais rapidamente sob o efeito da evaporação. As partes mais profundas menos expostas ao ar exterior e sem os efeitos da exposição solar ficarão úmidas por um período maior.

Como nos baseamos no aspecto visual do substrato na superfície para determinar o importante momento da rega, as camadas profundas serão mantidas constantemente encharcadas num substrato como este.

A granulometria utilizada para favorecer a drenagem e consequente aeração do substrato, não permite a formação de um efeito capilar eficiente a ponto de contrapor a ação gravitacional e criar um fluxo de líquidos das camadas mais profundas em direção às camadas mais superficiais, fluxo esse que poderia manter a homogeneidade da umidade nas diferentes camadas.

A estratificação objetiva aumentar a perda de líquidos nas camadas mais profundas, onde sua retenção está privilegiada, e reduzir a desidratação das camadas superficiais, contrapondo os efeitos da desidratação. Só ocorrerá desidratação das raízes nas camadas profundas quando ocorrer a compactação das camadas superficiais que impediriam a correta penetração dos líquidos no solo durante a rega, ou pela rega realizada de forma inadequada. Este último assunto será abordado posteriormente de forma mais profunda.

Existem também os aspectos relacionados ao formato das partículas. Teoricamente, partículas de formato irregular teriam um melhor efeito na obtenção de ramificação mais fina e sinuosa, pois forçariam por obstrução física uma mudança mais acentuada na direção de crescimento das raízes e até mesmo sua ramificação que refletiriam no desenvolvimento dos galhos.

Rega do bonsai

O uso da água na técnica do bonsai
A água é fundamental para a manutençao de um Bonsai em boas condições.
Na maioria das vezes que converso com alguém que perdeu um Bonsai, verifico que houve descuido na administração de água: esquecimento, viagem, "achei que estava molhado", etc...
De fato não existe nenhum complicador para molharmos o nosso Bonsai desde que verifiquemos alguns pormenores:
a) Clima em nossa região Se você mora em uma região onde o clima é muito quente, deve molhar a sua planta até 3 vezes nos dias muito quentes. Nas regiões mais frias uma é suficiente. Nos dias mais frios conforme a necessidade da planta. em dias muito frios não se rega.
b) Tamanho do vaso e material de que é feito cerâmica, concreto Alguns Bonsai são colocados em vasos pequenos. Isto propicia um enxugamento mais rápido, assim como o tipo do material usado na feitura do vaso. A cerâmica esmaltada conserva mais umidade que um vaso de concreto, este último é mais poroso.
c) Local aonde vamos deixá-la e o tempo de exposição ao sol Dependendo do local onde colocamos a nossa planta irá acontecer uma variação na exposição; portanto é importante observarmos qual o tempo de incidência de sol. É com este tipo de observação que vamos controlando a rega do Bonsai.
d) Época do Ano: fria, quente? É claro que, quando acontece uma mudança de tempo deverá acontecer uma mudança na quantidade de água. No período de Inverno nossa planta precisará de menos água.
e) Tipo de planta Alguns tipos de plantas como Crássulas, Ciprestes, Tuias e Pinheiros aceitam um solo menos úmido, é importante na hora da compra de um espécime solicitar informação geral sobre a planta e, principalmente, sobre a rega.
f) Horário Desde que seja um dia quente, rega-se pela manhã e também a tarde. Como foi dito acima, em dias excepcionalmente quentes devemos regar também no meio do dia. Uma boa hora para climas normais é na parte da tarde, sua planta vai aproveitar a umidade durante a noite. É claro que, em dias seguidos de muito frio não é aconselhável molhar a planta a tarde. O excesso de umidade pode apodrecer as raízes.
g) Como regar Uma maneira prática de medida é regar até a água escorrer pelo furo no fundo do vaso. Muitas vezes, por esquecimento, deixamos de molhar nossa planta por um dia. Quando isto ocorrer, a terra do vaso pode endurecer, e neste caso, devemos molhar a planta por imersão por alguns minutos isto é, colocar o vaso dentro de 1 recipiente com água. No ressecamento da terra acontece um travamento do substrato em redor das pequenas raízes e, quando molhamos da maneira normal a água não consegue atingir aquelas raízes essenciais na alimentação da planta, ocorrendo a perda total da planta. Observe que quando você molha um vaso seco, ou seja, onde não existe umidade, a água não penetra de imediato, ela escorre como se fosse um piso. A pouca água que permanece sobre a superfície do vaso vai dilatando e abrindo poros que absorverão a água; por isto devemos molhar cada vaso demoradamente e com regador de crivo fino. Importante: o vaso para Bonsai tem um furo de bom tamanho na parte de baixo que é para escoar o excesso de água que porventura tenhamos usado, fica então subentendido que não se deve usar um prato para apoio do vaso, isto criaria um acumulo de água dentro do prato e por conseguinte no vaso.
h) Um teste excelente Verifico a umidade dos meus vasos tocando a terra com as costas da mão. É uma boa maneira de sentir a umidade ou secura do composto. É NECESSÁRIA A UMIDADE NO VASO DE BONSAI. Se você pegar como exemplo quaquer planta na natureza, vai observar que, ao escavar até as suas raízes verificará que elas estão em solo úmido. Não é porque seja um Bonsai que devemos manter a umidade mas, porque as raízes devem estar em solo com alguma umidade. Como o seu Bonsai não tem como levar as suas raízes até um solo úmido, você deve proporcionar esta condição. ÚMIDO, NÃO É ENCHARCADO.

Fisiologia do Bonsai

Fisiologia do Bonsai

O Bonsai é uma árvore plantada em uma bandeja, cujo desenvolvimento não é interrompido, mas sim controlado e guiado de forma a se obter uma árvore saudável e estilizada. A estrutura física do Bonsai é igual a da árvore na natureza, mas o mecanismo do Bonsai é diferente, e por isso são necessárias técnicas adequadas para se obter às proporções e os objetivos desejados.

Raízes

As raízes das plantas, na natureza, crescem e se desenvolvem de acordo com as necessidades da planta e as condições do terreno, mas no caso do Bonsai, a árvore está confinada em uma bandeja rasa, com dimensões limitadas. A raiz, nessas condições tem seu crescimento restrito e conseqüentemente, o resto da planta tem seu desenvolvimento alterado.
Na natureza, grande parte das raízes serve para fixar a árvore no solo, enquanto nos Bonsai, as raízes de fixação podem ser reduzidas drasticamente. Esta poda de raiz é muito importante, pois promove a renovação da estrutura radicular da planta. Reduzindo-se a massa de raízes mais velhas no vaso, proporciona-se mais espaço para que as raízes novas e vigorosas se desenvolvam. Estas raízes novas e finas têm mais capacidade de absorver a água e os sais minerais, e, conseqüentemente, tornam a planta mais saudável. Na natureza, as árvores velhas apresentam muitas raízes superficiais, por causa da erosão, e no Bonsai este efeito deve ser buscado, expondo-se as raízes mais grossas.

Troncos e galhos

Os troncos e galhos das árvores na natureza têm seu crescimento e desenvolvimento determinado pela necessidade de se tirar o máximo de proveito da luz do sol e para superar outras árvores na competição por este espaço. Seu formato, direção e textura também sofrem influência das forças da natureza, como o vento, a chuva, os raios ou outros danos físicos, causados, por exemplo, por animais. Uma árvore plantada em uma bandeja parecerá apenas um arbusto se não for trabalhada através de diversas técnicas, como a poda e a aramação, para que se consiga o efeito da ação da natureza sobre a árvore.

Folhas

As folhas realizam as mesmas atividades tanto nas árvores plantadas no solo, como nos Bonsai, mas nestes, elas têm que estar localizadas, posicionadas, em quantidade e tamanho necessários para atender tanto a função fisiológica como a estética.
O tamanho, a quantidade, a localização e posição das folhas dependem, entre outros fatores, da água, dos nutrientes e da luz, que devem estar a disposição da planta de forma balanceada. Não há uma regra geral, uma vez que as necessidades variam de acordo com o clima, entre as diferentes espécies e estágio de desenvolvimento da planta. Porém, para se obter folhas menores, pode-se alterar a quantidade e freqüência da rega, da adubação e a exposição à luz. Para se obter os resultados pretendidos, também se usam a poda de folhas, ramos e galhos. A desfolha é uma técnica usada para se conseguir folhas menores e para controlar a grossura dos galhos.
As folhas refletem o estado de saúde da árvore. Quando estão inteiras, viçosas, se desenvolvendo bem, é sinal de que a planta, normalmente, está em boas condições, mas, no caso de apresentarem defeitos, manchas ou outros sinais, indica que algum problema pode estar acontecendo. Nas árvores de folhas caducas estes sintomas se apresentam rapidamente, enquanto na coníferas, demoram um pouco mais.

Flores, frutos e sementes

Assim como nas árvores plantadas no solo, podemos utilizar esta forma de reprodução para conseguir novas plantas, principalmente no caso de plantas difíceis de encontrar ou reproduzir de outra forma. Mas no Bonsai a principal função é estética. Deve-se controlar, através da poda, a quantidade e a localização, lembrando que uma quantidade muito grande pode sobrecarregar a planta.

Fisiologia da Árvore
A árvore é um ser vivo que pode ser comparado a um complexo industrial. Absorve do solo e do ar os elementos necessários, e com a energia do sol, através da fotossíntese, converte esses elementos em novas substâncias que são utilizadas pela planta para o seu crescimento, reprodução, reserva e manutenção. Este complexo pode ser dividido em várias partes interligadas, mas com funções específicas: raízes, tronco, galhos, folhas, flores, frutos e sementes.

Raízes

A raiz é o órgão dos vegetais superiores que os fixa no solo, absorvendo e transportando a água e os sais minerais do solo para as outras partes da planta. A raiz também estoca alimento processado (açúcar e amido) e produz hormônio. Na maioria das árvores jovens, a raiz pivotante (axial) é, geralmente predominante, principalmente em árvores produzidas a partir da semente. No caso de árvores produzidas por outros métodos, como a estaquia e a alporquia, a formação de raízes laterais é predominante. À medida que a árvore cresce, o sistema radicular se desenvolve em todas os sentidos. As raízes mais grossas são responsáveis pela fixação da árvore, pelo transporte de substâncias e pela estocagem de alimento, e as raízes mais finas, são responsáveis pela absorção e transporte da água e dos nutrientes presentes no solo. Numa raiz, da extremidade à base, encontramos sucessivamente as seguintes camadas:
  • extremidade exploradora, que contorna pedregulhos, procura umidade, evita contato com tóxicos, etc., é revestida por uma coifa que a protege do desgaste;
  • zona de crescimento, onde as células se multiplicam e se alongam;
  • zona dos pêlos absorventes, com numerosos pêlos, unicelulares, responsáveis pela absorção da água e dos sais minerais;
  • zona condutora, que contém os vasos nos quais circulam a seiva bruta (em direção às folhas) e a seiva elaborada, que alimenta a raiz ou é estocada.

As raízes geralmente vivem em simbiose com fungos (mycorrhizae). Estes fungos vivem ao redor das raízes, às vezes penetram nelas, auxiliando e aumentando a absorção na superfície das raízes. Eles podem tornar certos minerais acessíveis às raízes. Em compensação, o fungo obtém energia dos alimentos estocados na raiz. Esta associação da planta com o fungo específico é muito importante para o desenvolvimento e para a saúde da planta.

Troncos e Galhos

O tronco é o caule, parte entre as raízes e os galhos. Os galhos brotam do tronco, se ramificam e geralmente neles brotam as folhas e flores (que também brotam no tronco). O tronco e os galhos exercem diversas funções, sustentam e posicionam a copa e transportam a água e os sais minerais extraídos pelas raízes (seiva bruta) até as folhas, e redistribuem as substâncias transformadas pelas folhas (seiva elaborada) para todas as partes da árvore e estocam reservas. O tronco e os galhos podem ser divididos nas seguintes seções:
  • a casca, que é a camada externa da árvore e consiste num tecido de cortiça que conserva a umidade e protege as camadas internas da madeira contra insetos, vento, frio, calor e contra ferimentos;
  • líber (Floema), conduz a seiva elaborada das folhas para outras partes da árvore, indo até a raiz;
  • o cambio, composto por uma fina camada entre o lenho e o líber, produz células destas duas camadas e é responsável pelo crescimento no diâmetro do tronco e dos galhos. Quando a árvore é ferida ou quando um galho quebra, as células do cambio gradualmente formam um calo, cicatrizando e eventualmente fechando a ferida, produz novas brotações de galhos e raízes;
  • lenho (xilema), madeira fisiologicamente ativa que transporta a seiva bruta das raízes para as folhas, e também armazena substâncias elaboradas pelas folhas. Esta camada está localizada entre o cambio e o cerne;
  • cerne, madeira fisiologicamente inativa e dura, localizada na parte central do tronco e dos galhos, cuja finalidade é a de sustentar a árvore.

Folhas

A folha é o órgão vegetal responsável pela fotossíntese, pela respiração e pela síntese de diversas substâncias como enzimas e hormônios. Além disso, as folhas transpiram água, protegendo-as do calor excessivo e permitindo o movimento de ascensão da seiva bruta. Os tecidos das folhas são altamente especializados, sendo compostos por células contendo vários pigmentos. A clorofila, que é um de seus pigmentos, só é formada na presença de luz. Ela está contida nos cloroplastos e tem a capacidade de capturar a energia da luz e usá-la através de complexas reações fotoquímicas, convertendo o dióxido de carbono (CO2) obtido da atmosfera e os nutrientes, absorvidos no solo pelas raízes ou na atmosfera, pelas próprias folhas, em compostos orgânicos como açúcar e amido.
As folhas se apresentam em diversos formatos, tamanhos, cores e texturas. A disposição das folhas nos caules e ramos pode ser chamada alternada, se cada nó tem apenas uma folha; oposta, se cada nó tem duas folhas inseridas face a face; verticulada, se cada nó tem mais de duas folhas. Elas também podem estar agrupadas todas na base (folhas em roseta) ou surgir em tufos, nos nós espaçados de um rizoma.
As folhas podem se apresentar quase verticais e com duas faces iguais, como nas monocotiledôneas, ou estenderem-se horizontalmente, como nas outras plantas vasculares. Neste caso, a face superior, mais clara, em geral, é recoberta por uma cutícula protetora, desprovida de aberturas e caracterizada pelo aspecto em paliçada de suas fileiras clorofilianas (tecido paliçádico) e pela cor de um verse intenso. A face inferior, que fica na sombra, tem numerosos orifícios (estômatos), sede das trocas gasosas, e fileiras celulares, lacunosas e menos ricas em clorofila, dão-lhe coloração mais pálida. As folhas podem ser caducas, geralmente descolorindo e caindo no período mais frio do ano (outono ou inverno), ou podem ser sempre verdes, e intactas por todo ano. As folhas sempre verdes também caem, mas duram por um período maior, que pode chegar a alguns anos. Após caírem, as folhas são decompostas por bactérias e fungos, enriquecendo o solo com elementos necessários à planta, num ciclo autônomo e contínuo.

Flores, frutos e sementes

A flor é o órgão das plantas que contém os aparelhos reprodutores. As flores podem variar em sua forma, cor, odor, tamanho e pode ser completa ou não. Uma flor completa é formada por quatro vertículos ou uma série de peças semelhantes: cálice, corola, gineceu e androceu.
O cálice é formado por peças chamadas sépalas, que geralmente são verdes. A corola é formada pelas pétalas, que em geral são coloridas. O conjunto formado pelo cálice (sépalas) e pela corola (pétalas) recebe o nome de perianto ou invólucro floral, e desempenha papel protetor. O androceu é formado pelos estames, cada qual composto por um filete que sustenta a antera, órgão reprodutor masculino, de onde provem o pólen. O gineceu ou pistilo é constituído pelos carpelos, terminado em estigmas, formando o órgão reprodutor feminino, cuja parte inferior (ovário) contém os óvulos. Se o gineceu ou o androceu tiverem alguma imperfeição, tem-se flores unissexuadas, masculinas ou femininas. A espécie é monóica se a planta apresentar flores de ambos os sexos, e dióica, no caso de apresentar apenas um.
Na origem de cada flor existe um botão floral, onde o cálice envolve e protege as demais peças. Quando a flor se abre, fica exposta a ação do vento, da chuva, das aves ou dos insetos, que transportam o pólen, realizando a fecundação do óvulo da própria flor ou de outra flor da mesma espécie. O ovário se desenvolve formando o fruto e os óvulos se transformam em sementes, as demais peças, em geral, morrem.
O fruto é o órgão vegetal resultante do desenvolvimento do ovário, depois da fecundação dos óvulos, que contém ou estão ligados às sementes. O fruto serve de órgão de proteção, reserva de água e sais minerais, durante o desenvolvimento das sementes e depois participa na sua disseminação.
A semente é o órgão que resulta da fecundação e desenvolvimento do óvulo e que está apta, depois da germinação, a reproduzir um novo indivíduo. A semente é portada por uma escama fértil, no caso das gimnospermas, ou encerrada num fruto, no caso das angiospermas. A semente compreende uma membrana, ou tegumento, e uma amêndoa. Certas sementes, após serem disseminadas, podem estar aptas a germinar, mas outras, no entanto, passam por um período de dormência antes de germinar.

Ferramentas para bonsai

Conheça todos os tipos e modelos de ferramentas que são utilizados em bonsai

http://aidobonsai.wordpress.com/category/bonsai-aido-bonsai-2010/bonsai-ferramentas-utilizacao/

Tecnicas de aramagem

A aramação de um bonsai ocorre quando você deseja definir melhor sua forma. Às vezes você quer abaixar algum galho, ou levantá-lo, direcioná-lo para outro lado… O arame é quem vai te ajudar a fazer isso, o ideal é que se use arames de cobre ou alumínio (por serem mais maleáveis), mas podemos utilizar outras técnicas também, como veremos abaixo…

Dicionario do Bonsai

A
Akadama: Argila vulcânica granulada utilizada como substrato para bonsai. Aka significa “vermelha” e Dama, bola.
Ara-kawacho: Árvore com a casca áspera e enrugada.
Ara-ki: Árvore recentemente coletada e utilizada como material para bonsai.
B
Bankan: Tronco com muitas curvas.
Bonkei: Paisagem natural em uma bandeja, contendo rochas, plantas, figuras de animais, casas, etc.
Bunjingi: Estilo Literato. tronco com crescimento ereto informal, sem galhos, exceto no topo ou ápice.
C
Chiu-Bonsai: Bonsai com altura entre 16 e 36 polegadas
Chokkan: Formal, ereto, tronco vertical, com copa piramidal e galhos distribuídos em todas as direções.
Chumono-Bonsai: Bonsai entre 16 e 36 polegadas
D
Dai-Bonsai: Bonsai com altura entre 30 e 48 polegadas
Daiki: Planta mãe. Planta-matriz, para a obtenção de sementes ou de estacas.
E
Eda-jin: Jin’s feitos artificialmente
Eda-nuki: Remoção de galhos indesejáveis.
Eda-uchi: Galhos distribuídos com harmonia.
Eda-zashi: Poda de galhos
F
Fukinagashi: Varrido ou fustigado pelo vento.
G
Gobo-ne: Poda de raízes.
Gobo-tsuchi: Solo granulado.
H
Ha-gari: Pinçagem de folhas.
Ha-zashi: Poda de folhas.
Hachi-uye-Bonsai: Bonsai com altura entre 40 e 60 polegadas
Hamizu: Pulverizar as folhas com água.
Han-Kengai: Estilo “Semi-Cascata”.
Hankan: Bonsai com um tronco muito serpenteado.
Hariganekake: Aramar uma árvore.
Hokidachi: Estilo Vassoura. Tronco reto e sem curvas, com todos os galhos partindo de um mesmo ponto.
Honbachi: Bandeja para Bonsai.
I
Ikada: Estilo em forma de balsa. Árvore plantada horizontalmente, formando um bosque a partir dos galhos que crescem verticalmente.
Ikebana: Tesoura de bonsai com aparência bojuda e design bastante peculiar para os olhos de um ocidental.
Ishitsuki: Agarrado à Rocha. Bonsai enraizado numa rocha.
J
Jin: Galho ou parte de um tronco que morreu e permaneceu seco na árvore. Como primeira acepção: Deus ou Divindade japonesa. Topo morto de uma árvore.
Ju-sei: Crescimento da árvore.
Ju-shin: O topo da árvore.
K
Kabudachi: Tronco Múltiplo, crescendo a partir de uma raiz.
Kabuwake: Separando das raízes.
Kanju: Árvores de folha caduca.
Kannuki-eda: Um galho mal formado ou feio que deve ser eliminado.
Kansui: Rega.
Karikomi: Poda de galhos e folhas.
Katade-mochi-Bonsai: Bonsai com altura entre 10 e 18 polegadas.
Kengai: Em forma de cascata.
Keshitsubo-Bonsai: Bonsai com altura entre 1 e 3 polegadas
Kesho-tuschi: Solo decorativo. Pedrisco ou areia ornamental, para cobrimento do solo.
Keto-tsuchi: Turfa. Matéria orgânica formada pela decomposição de folhas e musgos dos ambientes aquáticos.
Ko-eda: Árvore com extremidades muito graciosas.
Kokejun: Tronco afunilado.
Komochi: Bonsai com troncos gêmeos.
Komomo-Bonsai: Bonsais com altura entre 6 e 10 polegadas.
Kuro-tsuchi: Terra preta.
Kuruma-eda: Ramo mal formado que deve ser cortado ou eliminado.
Kusamono: “Planta de assento”. Ervas plantadas em pequenos potes, bastante usadas como “acompanhamento” para os Bonsai.
M
Mame-bonsai: Bonsai de baixa estatura (menos de 10 cm)
Me-tsumi: Pinçar as folhas com as unhas.
Meiboku: Bonsai muito velho ou antigo.
Mi-momo: Bonsai que produz frutos.
Misho: Mudas obtidas a partir de sementes.
Misho-momo: Bonsai cultivado a partir de sementes.
Mizu-gire: Demasiadamente seco.
Mizu-goke: Musgo.
Moyogi: Ereto informal.
N
Ne-zashi: Corte ou poda de raízes.
Neagari: Bonsai com raízes expostas.
Nebari: Raízes visíveis.
Nejikan: Bonsai com tronco retorcido.
Netsuranari: Raiz em forma balsa. Grupo de árvores que surge a partir de uma raiz horizontal.
O
Oki-goe: Fertilizante em grãos ou em pó.
Omono-Bonsai: Bonsai com altura entre 30 e 48 polegadas.
Oyaki: A planta mãe utilizada na técnica da alporquia.
P
Penjing: Arte chinesa que consiste em recriar uma paisagem numa bandeja.
R
Roboku: Bonsai velho e antigo.
S
Sabamiki: Bonsai com tronco partido.
Sabi: Aparência de antigo.
Saikei: Paisagem com rochas e árvores, mas sem nenhuma figura.
Sankan: Árvore com três troncos: pai, mãe e filho.
Sashi-ho: Estaca utilizada para propagação.
Sashi-ki: Propagação a partir de estacas.
Seishi: Bonsai em fase de educação.
Sekijoju: A árvore fica sobre uma pedra, com suas raízes descendo por esta e entrando no substrato da bandeja.
Sentei: Plantio de árvores.
Shakan: Inclinado.
Shari: Parte descascada de um bonsai.
Sharimiki: Bonsai com tronco descascado.
Shizen: Naturalidade.
Shohaku: Árvores coníferas.
Shohin-bonsai: Bonsai com, no máximo, 15 cm de altura.
Shoki: Bonsai de espécies recolhidas através do Yamadori.
Sokan: Troncos gêmeos: pai e filho.
Suiban: Espécie de bandeja utilizada no cultivo de penjing e saikei. Sui = “água” e Ban = “bacia”.
Suiseki: Paisagem feitas com rochas, colocadas num suiban.
T
Tachia-gari: Parte de um tronco.
Tangei: Material para bonsai.
Tanuki-Bonsai: Bonsai falso, que utiliza na sua formação partes mortas de outras árvores. Não confundir com o uso, por exemplo, de galhos mortos, para a composição de paisagens.
Tekishin: Remoção de gemas, rebentos.
Tocho-shi: Galho ou ramo com um crescimento muito grande.
Tokoname: Vaso Japonês.
Tokonoma: Tradição japonesa. Área de um lar, normalmente na sala de visitas, para a exposição dos bens mais valiosos, entre eles Bonsais
Toriki: A técnica de se obter um bonsai a partir de uma alporquia.
Toriki-momo: O bonsai obtido através da alporquia.
Tsugi-ki: A técnica de se obter um bonsai através de um enxerto.
Tsugi-mono: Bonsai obtido por enxertia.
Tsukami Yose: Mais de uma árvore agarrada a rocha.
U
Uro: Concavidade feita ou existente na planta. É um buraco na planta indicando que ali existia um galho que apodreceu e caiu.
W
Wabi: Auto-suficiente. Completo.
Wabi/Sabi: Termo relacionados ao Zen-budismo, de difícil tradução literal. O conceito wabi-sabi representa um visão de mundo japonesa que reconhece e admira a beleza das coisas imperfeitas, efêmeras e incompletas.
Y
Yamadori: Recolher plantas na natureza para fazer bonsai. Recolhimento na Natureza de Bonsai natural antigo.
Yamadori-shitate: Bonsai natural antigo obtido por recolhimento na Natureza
Yobi-tsugi: Enxerto de galho.
Yose-ue: Plantio em grupo de várias árvores em uma bandeja, com a aparência de uma floresta.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Manual do bonsai

segue abaixo o link de download do arquivo manual do bonsai,um material completo para estudo com muito conteudo especifico Ex.:( Transplante,poda estilos,raizes e etc...).
https://mega.co.nz/#F!ncsVVbCR!ms3TzjCMhVPM4Zr5x1RZ0g

Abertura do blog

Esta iniciando nesta data 03/12/2010 as atividades do blog "espaço bonsai "
aqui vc podera tirar suas duvidas sobre esta arte milenar ...